Escrevo para dialogar com minha solidão, aliás, como todos os seres humanos.
Afirmar o que se pensa é ter a coragem de assumir esta solidão, sem soberba, mas também sem mediocridade - caso contrário, é apenas endossá-la.
Das palavras, tento destilar o que há de autoritário, pois incomoda-me a sutileza do que é arbitrário.
Durante muito tempo confundi autoritarismo apenas com a postura de ditadura. Percebo atualmente que o imperceptível, o intocável são muito mais palpáveis - suas materialidades residem nos recalques, traumas, depressão, etc.
Sob o domínio do efêmero e da futilidade, insistimos em sermos felizes assim....
Sufocamos nossas vontades; castramos nosso ser e pensamos que liberdade é fazer o se quer, como um mergulho no escuro.
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